segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um mal que chega pela web

O cyberbullying é responsável por intimidar jovens vítimas de agressões através de ferramentas virtuais.

Ameaças, difamações e violência psicológica na internet tem nome: cyberbullying. Os maus tratos através da rede receberam essa nomenclatura por serem originados do bullying – palavra em inglês que significa amedrontar. A prática tem tomado proporções alarmantes e uma das razões é a garantia do anonimato

No Brasil, cresce o número de jovens que se apropriam do deboche, como apelidos e brincadeiras sobre imperfeições do corpo, para humilhar alguém através de e-mail, blogs, MSN e mídias sociais como Orkut e Myspace. Segundo uma pesquisa realizada este ano pela Organização Não Governamental (ONG) Plan, de cinco mil estudantes brasileiro de 10 a 14 anos, 17% já foram vítimas de cyberbullying. Desse total, 13% foram ridicularizados através do celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou sites de relacionamento.

No ambiente virtual ficou ainda mais fácil agredir alguém. Agora não é preciso ser o mais forte ou o mais respeitado da turma, basta ter um celular ou acesso à internet. A influência sobre as vítimas também aumenta, pois o público que assiste aos ataques é ilimitado. Por isso, de acordo com a psicóloga Fernanda Mattos, os pais precisam participar da vida escolar de seus filhos e devem estar atentos para alguns sinais comuns nas vítimas, como: desmotivação para irem à escola, isolamento, queda no rendimento acadêmico e até mesmo comportamentos agressivos.

Mesmo não conseguindo identificar a fisionomia desse inimigo, o cyberbullying pode ser combatido com a aproximação de jovens e adultos. Os pais devem educar seus filhos mostrando que não há um padrão de comportamento e que todas as escolhas precisam ser respeitadas para um bom convívio com as diferenças.

Facebook atento no cyberbullying


Preocupada com a proteção de seus usuários do cyberbullying, a rede social Facebook exige que eles utilizem identidades verdadeiras para que possam responder por suas ações. Além disso, defendendo a cultura do respeito mútuo, a rede permite que o internauta envie uma mensagem particular ao autor de determinado conteúdo agressivo para tentar resolver o problema. O Facebook ainda pode ser informado do acontecimento com a inclusão do contato do pai ou mãe do agressor na denúncia.

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